Entenda quando recorrer ao implante dentário

Problemas com a higienização, o surgimento de cáries ou doenças periodontais, bem como os traumas na região bucal são as principais causas da perda dental que afeta cerca de 39 milhões de brasileiros.  Por isso o implante dentário tem se tornado tão popular entre os pacientes.

Esse procedimento que visa substituir as estruturas comprometidas possui um efeito muito mais abrangente do que apenas os fins estéticos. 

Isso porque ele auxilia na restauração da funcionalidade da mastigação, na fala e ainda possibilita uma nutrição mais completa e diversificada.

O tratamento com o implante também tem efeitos consideráveis no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas, pois, assim como o clareamento dental, é capaz de restaurar a beleza e harmonia do sorriso. 

Tal aspecto ajuda com a sociabilidade e com os relacionamentos interpessoais de modo geral.

O que é um implante dentário?

O implante dentário é composto pela fixação cirúrgica de um dispositivo de titânio, no osso maxilar ou mandibular, logo abaixo da linha da gengiva. 

Esse pino de metal servirá como base de sustentação, ou raiz artificial, para uma coroa protética que vai substituir o dente perdido.

Existem diversas formas de realizar esse procedimento, que geralmente é feito no próprio consultório odontológico com o auxílio de uma anestesia local. 

Cada uma dessas técnicas visa suprir necessidades diferentes e são indicados para quadros específicos como:

• Implante simples;
• Implante protocolo;
• Implante overdenture;
• Implante zigomático;
• Ponte fixa.

No caso do implante simples, o procedimento substitui dentes individuais intercalares. Já o implante protocolo é recomendado em casos de grandes perdas consecutivas ou de toda a arcada.

Assim como o protocolo, o implante overdenture é recomendado para perdas consideráveis das estruturas dentais, e consiste em um prótese completa cuja coroa pode ser removida pelo próprio paciente.

Enquanto isso, o implante zigomático é indicado para quando o paciente possui atrofia maxilar severa; e, por fim, a ponte fixa é utilizada quando o paciente perde apenas alguns dentes consecutivos.

Quem deve avaliar qual é a melhor opção para cada caso é o cirurgião-dentista responsável pelo tratamento, em conjunto com as necessidades, desejos e orçamento do paciente.

Por isso, é fundamental que o tratamento seja feito com um profissional qualificado, experiente e de confiança.

Benefícios

Além de permitir a realização de outros procedimentos odontológicos – como a utilização do aparelho ortodôntico – mesmo após a cirurgia, essa prótese fixa apresenta diversos outros benefícios para o paciente.

Basicamente, o implante facilita a mastigação de todos os tipos de alimentos e melhora o processo digestivo – evitando o desenvolvimento de problemas gastrointestinais –, eleva a autoestima, evita a perda da massa óssea facial e também impede a movimentação dentária.

Esse é um tipo de intervenção que pode ser combinada com técnicas de melhorias cosméticas, como a lente de contato dental, produzindo um resultado ainda mais satisfatório e agradável.

Vantagens em relação às próteses comuns

Como esse tratamento envolve a aplicação cirúrgica da raiz dos dentes protéticos, o implante é muito mais estável do que as próteses móveis comuns – também conhecidas como dentaduras.

Assim, ao preferir esse tipo de reposição dental, o paciente irá garantir um conforto maior durante a fala e a alimentação, uma vez que os dentes não irão se movimentar. 

Eles também não se desajustam na boca e não causam feridas ou aftas, comuns nas próteses móveis.

Mais ainda, o procedimento tem um processo de recuperação bastante rápido, as taxas de sucesso variam entre 95% e 98% e ele tem uma aparência mais natural, tendo a durabilidade estimada entre 15 e 20 anos.

Quem deve recorrer ao implante?

Muitas pessoas acreditam que o implante dentário é um tratamento voltado exclusividade para um público mais velho. No entanto, essa convicção não é verdadeira.

O implante é indicado para todas as pessoas que tenham sofrido uma perda dental – seja ela unitária, parcial ou completa – e tenha concluído todo o processo de desenvolvimento ósseo-facial, ou seja, pessoas maiores de 18 anos.

Além dos motivos citados no início, a perda dos dentes também pode ocorrer em decorrência de doenças sistêmicas como a diabetes e o câncer. 

Nesses casos, o tratamento também é indicado para a correção, mas isso vai depender da avaliação médica e odontológica.

Contraindicação

Esse procedimento é contraindicado para pacientes que possuem problemas bucais, como doenças causadas por ações bacterianas ou a falta de espaço na arcada, e para quem sofre com osteoporose, tumores, dificuldade de cicatrização e deficiência imunológica.

No caso de problemas bucais, no entanto, o controle do quadro infeccioso pode ser o suficiente para a realização do implante.

As pessoas tabagistas, gestantes ou que possuem doenças cardiovasculares graves também não estão aptas para o tratamento.

Já quem precisa utilizar o aparelho dentário pode fazê-lo, contanto que o ortodontista esteja ciente do implante e o considere no decorrer do tratamento. 

Isso porque esse dente protético não pode ser movimentado, assim será necessário adaptar o tratamento para encaixar os dentes naturais ao seu redor.

Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações e conteúdos sobre os cuidados com a saúde física e mental.