Março Vermelho: ‘máquina humana’ depende dos rins para limpar o organismo e garantir sobrevivência
Neste conteúdo você vai saber sobre
Mês ganha cor para alertar contra o câncer nos órgãos; Vera Cruz conta com unidade específica humanizada e equipe multidisciplinar para tratar a doença
Todos os órgãos do corpo, claro, têm importância e papéis específicos. Para operar perfeitamente, a “máquina humana” depende do bom funcionamento de suas diversas engrenagens. Na medicina, porém, cinco delas aparecem como as mais importantes: coração, cérebro, rins, fígado e pulmões.
Os terceiros colocados do pódio, mais especificamente, têm relevância por trabalharem como auxiliares na limpeza a fim de garantir a sobrevivência do organismo: filtram as impurezas do sangue para eliminar toxinas nocivas (como amônia, creatina, ureia e ácido úrico, por exemplo), controlam a pressão arterial e ainda produzem hormônios e vitaminas.
Para que nunca sejam subjugados, esquecidos e descuidados, ganharam, pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), o “Dia Mundial do Rim”, celebrado anualmente toda segunda quinta-feira de março. Mais ainda: todo o mês foi colorido de vermelho para conscientizar a população sobre o câncer no órgão.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, foram mais de 400 mil diagnósticos e 170 mil mortes por câncer renal no mundo. No Brasil, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), é o 13º tipo de tumor mais incidente, com quase 12 mil acometidos (entre 2% e 3% de todos os casos de câncer em adultos).
Especialista do Vera Cruz Oncologia, Adolfo José de Oliveira Scherr explica que o principal tipo é o Carcinoma Renal de Células Claras (CRCC), que corresponde a aproximadamente 85% dos casos.
“A maioria dos pacientes é atingida pela forma esporádica da doença, com pico de incidência entre a 6ª e 7ª década de vida. No entanto, 2% dos pacientes desenvolvem-na em idades mais precoces, geralmente relacionada a síndromes genéticas”, pontua.
O oncologista esclarece que aproximadamente 54% dos tumores renais diagnosticados hoje estão confinados ao rim, 20% estão localmente avançados (acometendo gânglios regionais próximos) e 25% apresentam metástases à distância, principalmente a pulmões, fígado e ossos.
“O câncer de rim é o terceiro mais frequente do aparelho geniturinário, ficando atrás, em termos de incidência, apenas dos cânceres de próstata e bexiga, e representa aproximadamente 3% das neoplasias malignas do adulto, com predominância no sexo masculino, sendo dois a cada três homens”, detalha.
Os fatores para o desenvolvimento da doença podem ser divididos em fatores evitáveis e não-evitáveis e, entre os sinais, estão sangue na urina, massa abdominal palpável, dor constante no fundo das costas ou aumento da pressão arterial, que pode estar relacionada à predisposição da neoplasia renal.
“Temos causas evitáveis relacionadas aos hábitos de vida da população, como o tabagismo e a obesidade, sendo que o tabagismo, isolado, é responsável por cerca de 20% dos casos. Entre as condições que não podemos evitar, relacionamos a patologias associadas, como a hipertensão arterial crônica e doença renal cística adquirida associada à insuficiência renal crônica”.
Exames de ultrassonografia e/ou tomografia computadorizada do abdômen são aliados para o diagnóstico, sendo o segundo bastante útil também para o estadiamento (verificação da extensão para outros órgãos) e no planejamento do tratamento mais adequado.
A cirurgia oncológica realizada por profissional qualificado é o tratamento padrão em pacientes com a doença localizada ou localmente avançada, sem metástases à distância. “Com o câncer disseminado, ou seja, metastático, é necessário algum tratamento que tenha ação em todos os locais onde se tem evidências, o que chamamos de ‘tratamento sistêmico’”, detalha Scherr.
Para as pessoas que precisam complementar o tratamento de forma medicamentosa, o Vera Cruz possui uma unidade avançada, que proporciona conforto e comodidade durante as aplicações: no Vera Cruz Oncologia, quem passa pela quimioterapia pode fazer o tratamento acompanhado, o que humaniza a terapia e promove mais segurança. Os consultórios foram planejados para facilitar a conversa entre médico, pacientes e familiares.
O oncologista ainda ressalta que, apesar de pouco incidente na população, os tratamentos para os tumores malignos de rim tiveram um avanço significativo na última década.
“Estudos mais recentes mostraram o papel da imunoterapia no tratamento dos pacientes com câncer renal. Diferente da quimioterapia convencional e mesmo das drogas-alvo, os imunoterápicos agem estimulando o sistema imunológico no combate ao câncer e têm se mostrado superior em termos de aumentar a sobrevida dos pacientes”, conclui.
Outras doenças renais
Além do câncer, outras doenças também podem acometer os rins e prejudicar a saúde. De acordo com a OMS, 850 milhões de pessoas possuem doença renal decorrente de várias causas, sendo 2,4 milhões de casos fatais. No Brasil, são mais de dez milhões de pessoas. Rodrigo Dias de Meira, nefrologista do Vera Cruz Hospital, alerta para as mais recorrentes.
“Perda da função ou insuficiência, cálculos ou pedra, infecção ou pielonefrite e cistos. As patologias podem ser prevenidas com uma rotina com hábitos mais saudáveis, alimentação, exercício”.
Enfermidades ligadas ao rim, na maioria das vezes, são silenciosas e demoram para apresentar sintomas. Entretanto, quando os sinais aparecem, o quadro do paciente já costuma estar em estágio avançado.
“As patologias renais são reflexo de outras doenças, como hipertensão arterial e a diabetes, principais causas de hemodiálise no Brasil. Os altos níveis pressóricos, por muitos anos, assim como o alto nível do açúcar no sangue, afetam a estrutura dos rins, e isso causa o acúmulo de toxinas nos órgãos, o que acarreta os sintomas de mal-estar, perda de apetite, náusea, vômitos. Paralelo a isso, a quantidade de urina que é eliminada pelo corpo diminui, e esse líquido se concentra nas pernas e nos pulmões, o que pode causar casos graves ou risco de morte”, conclui.
Sobre o Vera Cruz Hospital
Há 79 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar.
A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde.
Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase cinco anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil.
Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais.
Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.
Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.