A prática de Pilates e o alívio do Parkinson. Entenda como a atividade pode ajudar no tratamento da doença
Caracterizada por ser uma enfermidade crônica e degenerativa do sistema nervoso central, a doença de Parkinson provoca a morte de neurônios motores, ocasionando tremores, alteração da postura e até mesmo mudanças neurocomportamentais. Trazendo saúde e, consequentemente, qualidade de vida, a prática de Pilates promove consciência corporal e se mostra uma atividade otimista para familiares e pacientes que sofrem com esse mal.
O método Pilates integra através dos seus exercícios o corpo e a mente, promovendo vários benefícios, tais como: a melhora da circulação, condicionamento físico, flexibilidade, o alongamento, alinhamento postural, equilíbrio muscular e força. O método reeduca os movimentos, utilizando técnicas desenvolvidas através dos princípios como concentração, respiração, ativação do CORE, fluidez, precisão e controle, devolvendo assim maior independência para realizar suas atividades do dia a dia.
Além disso, os aparelhos próprios de Pilates facilitam a prática de exercícios com ênfase na dissociação dos movimentos, ou seja, realizar mais de um movimento ao mesmo tempo, e no treinamento dos movimentos que dão origem ao gesto pretendido para execução de tarefas práticas. “As resistências das molas podem ajudar na amplitude dos movimentos dos exercícios executados, já o equilíbrio e a coordenação motora, por exemplo, podem ser trabalhados na bola ou disco”, explica a professora Josi Araújo (CREFITO 245732), da Pure Pilates, maior rede de Pilates da América Latina.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que, só no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com a doença. Como um aliado nessa luta, o Pilates tem como objetivo conservar a atividade muscular e a flexibilidade articular, evitando a atrofia dos músculos. “Além dos sinais motores mais visíveis, o aspecto psicológico também é afetado durante esse processo. O Pilates pode ser grande aliado para o bem-estar do corpo e da mente, mantém a independência funcional do indivíduo, bem como sua reintegração à sociedade.”, finaliza Josi.