Vida e Saúde

Descubra como tratar a diabulimia: doença que associa a diabetes com bulimia nervosa

Dra carolina mantelli borges – médica graduada em endocrinologia e metabologia, responsavel pela endocrinologia da clínica mantelli

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A busca pelo corpo perfeito leva muitas adolescentes a cometerem loucuras para não ganhar peso. Submetendo-se a várias dietas rigidas, muitas vezes combinadas de inibidores de apetite, laxantes e diuréticos para conseguir chegar o mais rapidamente ao peso que considera ideal para si.
Cerca de 10% a 20% de jovens com diabetes desenvolvem a diabulimia, que une os problemas da diabete tipo 1 com a bulimia nervosa.
No caso, a Bulimia nervosa é uma doença em que a pessoa exagera na ingestão de alimentos ou tem episódios regulares em que come excessivamente perdendo o
controle. Para eliminar essa grande quantidade de comida, o bulímico provoca vômitos ou abusa de laxantes com o intuito de impedir o ganho de peso.
De acordo com a endocrinologista da Clínica de Especialidades Integradas, Carolina Mantelli Borges, as pessoas portadoras de diabetes do tipo 1 e que apresentam sintomas de Bulimia Nervosa podem abusar da doença para emagrecer colocando a saúde em risco.
“A diabulimia é um transtorno alimentar que reúne os malefícios da diabetes tipo 1 com a bulimia nervosa.
Trata-se de um transtorno alimentar especifico, que afeta apenas pessoa que tem diabetes tipo 1. Os diabéticos precisam de insulina para metabolizar o alimento e convertê-lo em energia em nível celular. Se o corpo não tiver insulina, ele não tem como utilizar a energia dos alimentos, esse procedimento pode provocar uma grande perda de peso. O Bulimico diabético deixa de consumir suas doses diárias de insulina só para emagrecer”, explicou.
A endocrinologista ainda alerta que com a elevação dos níveis de açúcar no sangue, ocorre um aumento da excreção urinaria do paciente, fortes dores de cabeça, visão turva, enjoos e queda de peso. A longo prazo pode refletir em retinopatias, graves problemas renais, cegueira, impotência e outras sequelas; o paciente entra em estado de cetoacidose diabética que pode leva-lo até ao óbito. É uma situação extremamente grave e perigosa.

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