Dia Nacional do Diabetes: Especialistas alertam para acompanhamento mesmo na pandemia
Um estudo internacional on-line com 1.701 brasileiros com diabetes identificou que 59,5% dos entrevistados apresentaram redução nas atividades físicas, 59,4% observaram variação na glicemia e 38,4% adiaram ou cancelaram suas consultas médicas durante a pandemia. Mesmo com a chegada das vacinas e a flexibilização das fases do Plano SP, muitas pessoas ainda se sentem inseguras de retornar suas atividades cotidianas e até fazer exames periódicos, o que preocupa especialistas. Segundo a médica clínica e nutróloga do Vera Cruz Hospital, Gisele Figueiredo Ramos, o sedentarismo, descontrole glicêmico e a falta de acompanhamento médico adequado podem causar uma descompensação do diabetes e, consequentemente, complicações da própria doença. “Situação que pode ser agravada se o paciente for infectado pelo novo coronavírus”, alerta.
O empresário Victor Astini Muniz, de 35 anos, foi diagnosticado com diabetes tipo 2 durante a pandemia. “Eu já estava acima do peso há uns dois anos, ganhei mais peso ainda em 2020 durante o isolamento social. Fiz um checkup e busquei acompanhamento profissional para perder peso. Não imaginava que estava com diabetes, sabia que poderia estar pré-diabético ou perto disso. Ao receber o diagnóstico, me senti um pouco frustrado por saber que eu poderia ter tomado uma atitude antes”, lamenta o paciente.
Para o médico Marcelo Miranda, endocrinologista do Vera Cruz Hospital, observou-se um aumento de novos casos de diabetes durante a pandemia. “O isolamento social agravou a falta de atividade física, o consumo excessivo de carboidratos e gorduras, de alimentos industrializados e fast food, além do maior ganho de peso. Todos esses são fatores preponderantes para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, o mais comum, e que se relaciona com hábitos de vida”, conta o especialista. Mas, segundo ele, estudos apontam também mais casos novos de diabetes tipo 1, que não depende desses fatores. “Acredita-se que a infecção pelo coronavírus teve um papel direto na capacidade do pâncreas em produzir insulina”, explica.
Ainda de acordo com o endocrinologista, a redução da atividade física é mais um desencadeante do diabetes, mas outro fator importante é o maior tempo parado e em frente à tela do computador e do celular, mesmo para quem conseguiu manter uma prática de exercícios físicos, o que acaba anulando parte dos benefícios da atividade física. “O ganho de peso e de gordura abdominal decorrente desses maus hábitos agrava ainda mais o risco de diabetes”.
Diabetes e a Covid-19 não são aliados
A médica clínica alerta ainda que os diabéticos compõem um grupo de risco da Covid-19. “O problema é que esse grupo possui maior risco de desenvolvimento da forma grave da doença. Eles podem precisar de internação hospitalar”, explica Gisele. A complicação em diabéticos acontece, segundo a médica, porque o excesso de açúcar no sangue leva à alteração no sistema imunológico, predispondo a sintomas respiratórios mais exacerbados. Esses pacientes também possuem um maior risco para descompensação metabólica, de acordo com ela. Por isso, a importância de manter tratamentos contínuos.
Sobre o Vera Cruz Hospital
Em 77 anos de existência, o Hospital Vera Cruz é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. O Vera Cruz dispõe de 154 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade. A Instituição conta também com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Câmara Hiperbárica Monoplace, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio-x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase quatro anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 34 anos, o Vera Cruz inaugurou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor, quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.
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