Evento no auditório on-line da Câmara Municipal de São Paulo discute desafios das mães de pessoas com epilepsia
Enquanto a ciência busca por novos tratamentos para a epilepsia, alguns problemas relacionados à doença ainda dependem de maior debate, esclarecimento e visibilidade, inclusive por parte do poder público. A Associação Brasileira de Epilepsia sabe disso e com a Vereadora Cris Monteiro do Partido Novo, organizou o evento “Mães da Epilepsia: a dor marcada pela solidão”, para dar voz às mulheres que junto com os filhos, sofrem com o preconceito e a falta de inclusão social. O encontro ocorre no auditório on-line da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 30 de junho, às 10h.
De acordo com a Presidente da ABE, Maria Alice Susemihl, na reunião realizada com a Vereadora Cris Monteiro, que abraçou a causa da epilepsia, foi discutido como a doença ainda é pouco conhecida, e como necessidades precisam ser consideradas pelo governo e pela sociedade. A ideia do evento veio do fato de que as mães de quem tem epilepsia têm muito a contribuir com a discussão, tendo diversas experiências para compartilhar, principalmente, sobre a luta diária por um bom futuro para os filhos.
“Essas mulheres enfrentam diversas dificuldades na busca de atendimento adequado e medicamentos, problemas de aceitação na escola, entre outros. Elas se preocupam com a inserção dos filhos na sociedade, porque além dos desafios naturais da doença, existe o preconceito. As mães da epilepsia são verdadeiras leoas em tempo integral e até acabam deixando de lado as próprias necessidades. Por isso, é muito importante ouvir as histórias que elas têm para dividir, assim o cenário pode ser melhor compreendido por todos”, afirma.
Além da participação de mulheres que têm filhos com a doença, de integrantes da Associação Brasileira de Epilepsia e da Vereadora Cris Monteiro, o evento contará com a presença da Neurologista Infantil Dra. Daniela Bezerra e da Vereadora, também do Partido Novo, Janaína Lima. Segundo Cris Monteiro, a discussão entre representantes de diferentes esferas ligadas ao tema contribuirá para a geração de conhecimento e o avanço de políticas públicas.
“Discutir sobre a epilepsia é essencial porque precisamos de políticas públicas que atendam às necessidades das pessoas que têm a doença, e da aprovação dos projetos de lei em andamento. Apesar dessa ação ser em âmbito municipal, tudo o que acontece na cidade de São Paulo acaba refletindo em outros municípios e, consequentemente, no país”, diz.
O evento on-line é aberto ao público, que pode acompanhar pelo site da Câmara Municipal de São Paulo ou pelas redes sociais da ABE e da Vereadora Cris Monteiro. Para a Presidente da ABE, é importante que as pessoas assistam à discussão, já que a sociedade precisa abraçar a causa.
“Esperamos que ao conhecerem detalhes sobre a epilepsia, a luta enfrentada por mães, e como a falta de recursos impactam negativamente na vida de quem tem a doença, todos ajudem a criar uma sociedade mais inclusiva. Também esperamos que se resolva o constante problema da falta de atendimento e de medicamentos, por parte do governo, e que a causa da epilepsia ganhe cada vez mais força. A nossa intenção é que mais encontros como este aconteçam em breve”, finaliza.
Serviço
- Evento: “Mães da Epilepsia: a dor marcada pela solidão”
- Dia: 30 de junho de 2021
- Horário: Das 10h às 12h
- Local: https://www.saopaulo.sp.leg.br/transparencia/auditorios-online/
Sobre Associação Brasileira de Epilepsia
A ABE é uma Associação sem fins lucrativos que se estabeleceu como organização para divulgar conhecimentos acerca dos tipos de epilepsia, disposta a promover a melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Integra o International Bureau for Epilepsy e é composta por pessoas que têm epilepsia, familiares, neurologistas, nutricionistas, advogados, assistentes sociais, pesquisadores e outros profissionais. Atua formando grupos de autoajuda, facilitando a reabilitação profissional, lutando pelo fornecimento regular de medicamentos nos postos de saúde e hospitais públicos, além de batalhar, incansavelmente, pelo bem-estar das pessoas que convivem com a doença e pelo fim dos estigmas e preconceitos sociais.