Games e Tecnologia

Indústria 4.0, cibersegurança e personalização são temas de destaque do último dia do Digitalks Executive

A segunda edição do Digitalks Executive reuniu no final da sexta-feira, 11/06, grandes consultorias de mercado para refletir sobre as principais tendências tecnológicas. Alex Winetzki, diretor de P&D do Grupo Stefanini; David Morrel, sócio da PwC Brasil; Frank Meylan, diretor na KPMG; Gustavo Concon, CTO da CI&T, e David Whittaker, diretor executivo da Marketdata, se encontraram virtualmente para falar das principais tendências em IA, Cloud, Dados e Machine Learning nos negócios.

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Winetzki, por exemplo, se aprofundou no conceito de Large Language Models (LLMs) e como eles transformarão a Inteligência Artificial e os negócios. Esses poderosos algoritmos de aprendizado de máquina analisam padrões de texto em grande escala e sustentam serviços que bilhões de pessoas usam todos os dias, como mensagens de texto preditivas e pesquisas.

A programação começou com painel “Indústria 4.0 e IIoT”, com a participação de Carlos Grillo, da WEG, e Rodrigo Portes, da Spin Startups+Industries, sob mediação de Beny Fard, também da Spin. O tema é inquietante e vem sendo debatido em larga escala, na medida em que companhias de vários setores estão se transformando em empresas de software, como foi discutido, ontem, pelo CEO da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si.  Segundo Grillo, “toda a indústria ainda precisa de aço, plástico e comida embalada nos supermercados”. Ele acredita que o motor as a service, um dos temas debatidos no painel, ainda vai demorar um pouco.

De Indústria 4.0 a tendências tecnológicas nos meios de comunicação. O painel seguinte, com grandes grupos de mídia, reuniu Guilherme Assumpção, da Verizon Media; Julio Mazzoni Tortorello, da Terra & Vivo Ads; Leonardo Frias, da Rede Globo, e Ticiani Aguiar, da Vibra, do grupo Bandeirantes, com a moderação de Fabio Almeida, da Gamned!.  Eles destacaram a experiência vivenciada com as mudanças nos cookies, nas tendências de consumo de conteúdo e captação de dados extremamente segmentados. É consenso entre eles que ainda estamos no meio do caminho dessa transformação.

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Apesar das incertezas, todos veem como positivas as mudanças que estão em curso. “O cookie estava longe de ser uma tecnologia perfeita. Funcionou até aqui, mas chegou no seu limite. Os publishers, grandes e pequenos, terão que se adaptar. É um work in progress. O que se tem aí ainda não é produto final, mas em desenvolvimento”, diz Assumpção, da Verizon.

“Quando se fala em publishers o que importa é a contextualização para gerar relevância”, afirma Tortorello, a partir da sua experiência na Terra e Vivo Ads. Frias, da Globo, fez uma retrospectiva da televisão no Brasil e mostrou como as mídias podem se adaptar e se reinventar.

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A Fast Track da manhã de hoje foi conduzida por Carolina Peres, da Hedgehog Digital, que trouxe informação relevante para o pessoal do SEO. As mudanças do Google sempre aceleram quem trabalha com ranqueamento de sites nos sistemas de busca. A última atualização foi em junho com a condensação dos “3 cavaleiros dos core web vitals no mundo do SEO”, como disse Peres. “Para quem não quer ficar para trás, ou melhor, para baixo na lista do Google, é melhor já se atualizar e fazer uma análise dos Core Web Vitals, que reúne esses três fatores de velocidade do site”, comenta.

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No talk show “De Israel para o mundo: as novas tendências tecnológicas do país da inovação”, Ariel Zeitune e Sergio Zukerman Marchtein, da Latam Tech, enfatizaram que o grande diferencial do israelense é a mudança de mindset, a programação mental orientada para a abundância, que está no DNA de seu povo. “Israel, um dos melhores ecossistemas de inovação do mundo, tem o desafio e objetivo de atender as necessidades mundiais”, ressalta Zukerman.

A Latam Tech trabalha em melhorias do carregamento de websites e portais, e-commerce, tecnologias para redes sociais, principalmente Instagram, tecnologia de como comunicar, pesquisar e criar oportunidades para grandes marcas no Instagram, ferramentas de pesquisa de influenciadores e micro influenciadores.

O painel “Cibersecurity nos Negócios” trouxe panorama da segurança de dados, LGPD e ameaças no mundo da computação em nuvem. Cada vez mais empresas de todos os setores veem seus nomes ligados a vazamento de dados de milhares de clientes, colocando em risco aqueles que confiaram suas informações e, também, a reputação corporativa.

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O painel  contou com a participação de Jeferson D’Addario, do Grupo Daryus; Fábio Soto, CEO da Agility; Leandrinho Vieira, da Apiki; Rodrigo de Oliveira Neves, da VitaminaWeb, e Zuzanna Kolucka Maeji, da Coinfirm, que discorreram sobre as principais ameaças e como é possível mitigar ataques. Um dos principais pontos tocados pelos executivos foi a necessidade de as empresas olharem para a segurança como prioridade. É preciso foco e preocupação com o tema. “A segurança precisa fazer parte da nossa vida e não ser vista como um acessório que encarece os projetos de TI. Todas as companhias precisam ter governança nesta área”, disse Rodrigo Neves, CEO da VitaminaWeb.

Também é necessário ter um olhar contínuo para a Deep e Darkweb, ambientes virtuais onde os criminosos trocam informação, modus operandi e ainda fomentam golpes. Fabio Soto, CEO da Agility, explicou que este mercado está crescendo muito rápido: “eles estão se organizando como empresas, há muito dinheiro envolvido. Estes ambientes estão muito movimentados, há um volume grande de ações”. Ao mesmo tempo, o crescimento de aplicações desenvolvidas são um convite para os golpes. “Elas vêm com muitas vulnerabilidades e, com isso, permitem que os ataques tenham sucesso. Com o sequestro dos dados, vem o pedido e, muitas vezes, o pagamento de resgate por parte das empresas. O impacto é gigantesco”, pontua Soto.

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Revolução do consumidor, Open Banking e metaverso

Na tarde de ontem, o evento contou com a palestra internacional do francês Pascal Lannoo, da Skeepers | Opiniões Verificadas explicando as soluções da marca para criar people-smart brands. Lannoo afirma que o maior desafio atual das marcas é acompanhar as mudanças da revolução do consumidor.

Segundo ele, a experiência do consumidor se torna cada dia mais essencial para a sobrevivência das marcas. Durante sua palestra, ele ressaltou pontos como a importância de compartilhar valores com seus consumidores, a relevância de saber o que seu cliente vai fazer amanhã, conhecendo cada passo do consumidor e onde ele se encontra. Hoje, os hábitos de consumo vivem um momento crucial de mudanças, onde as marcas não podem mais vender produtos, mas sim experiências. “Os clientes querem ser escutados, querem interação, querem participar da construção da história da marca. Querem uma experiência nem maior, nem menor, porém com qualidade.”

Para o palestrante,  a “geração de valor por e para os clientes” é primordial e deixa algumas palavras-chave para as marcas: autenticidade, transparência e visibilidade.

Na sequência, Nadav Peretz, da Flowsense, trouxe dicas valiosas para o universo dos aplicativos. Todos estavam curiosos para saber o que é o Ahá Moment na experiência do usuário de apps. Para chegar nesse ponto, Peretz falou do dado que pode, à primeira vista, ser desanimador para os criadores de aplicativos, que é a taxa de 73,5% de desinstalação logo no primeiro dia após fazer o download. A boa notícia é que este número pode cair bastante com análises não muito complexas.

O objetivo das equipes de tech, produto e marketing é fazer, em conjunto, com que o usuário encontre o Ahá Moment e enxergue o valor daquele aplicativo na vida dele. Mas como fazer isso? Segundo Peretz, “entender o que o usuário está fazendo dentro do app (in-app events) é o passo inicial. Por meio dos dados coletados, é possível pilotar um funil de conversão de novos usuários no app e entender dados tais como instalação, finalização do cadastro, inserção de dados, envio da foto do documento e ver onde podem facilitar para o usuário.”

Ele finaliza com uma provocação que gosta de fazer para as empresas: “Você precisa mesmo do cadastro?”. O usuário quer ver valor o quanto antes, se chateando caso o cadastro seja muito longo ou caso o impeça de fazer algo rápido no app.

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E o fim dos cookies? Para profissionais da área de programática, essa frase pode ser assustadora. Mas Renata Minami, da francesa Gamned!, explica as novidades do mercado de dados de terceiros que, segundo ela, “sempre está à frente com alguma solução”. A novidade são os FloC (Federated Learning of Cohorts, ou “Aprendizagem Federada de Coorte”), que são a alternativa dos cookies criadas pela Google. Como mensagem final, Minami dá um recado para os profissionais afetados com essa mudança de direção da coleta de dados. “Não se desespere! A mudança é para todo mundo! O mercado está sempre trabalhando para desenvolver soluções para isso. Seja ágil e mantenha-se informado.”

Já o painel sobre Open Banking reuniu Flavio Gaspar, head de Produtos da Topaz, divisão de soluções financeiras do Grupo Stefanini; Ismar Schwartz Jr., CEO no Belluno Digital Bank; Luciano Sobral, diretor executivo da consultoria Capco, com a moderação de Luigi Iervolino, diretor da BIP Brasil. O executivo da Topaz destacou as três principais vantagens do Open Banking que podem ser percebidas pelo consumidor: liberdade e autonomia para usuários e clientes de serviços financeiros; redução de custos bancários e mais competição; maior bancarização e inclusão social.

“O Open Banking cria um ambiente mais competitivo e com mais opções para os usuários. Isso acontece porque permite a entrada de mais produtos e instituições, fazendo com que haja maior bancarização e educação financeira da sociedade”, afirma Gaspar.

Para finalizar o evento com chave de ouro, a futurista Martha Gabriel deu uma aula sobre metaverso e NFT. Passando pela história das várias dimensões nas quais vivemos – e agora cada dia mais entre o físico e o virtual -, ela explica o mundo de possibilidades que se abre com as novas tecnologias aceleradas em 2020 pela pandemia e concretizadas em 2021.

Martha resume de forma prática o conceito de NFT como “você registra um bem intangível, um bem digital e não fungível – que não pode ser substituído por uma unidade da mesma peça – que você recebe as porcentagens da venda para sempre”. O dia termina com um descontraído papo entre ela e Ariel Alexandre, da E-Commerce Experience, que fala sobre o primeiro NFT de uma grande marca brasileira: o tênis digital que está sendo leiloado pela Pampilli. Segundo eles, “NFT era uma bolha que já estourou; é a hora da maturidade.”

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