Isolamento e fraturas: saiba como prevenir complicações ortopédicas em idosos
Há mais de um ano em situação de pandemia, causada pelo contágio do coronavírus, já sabemos que é preciso adotar medidas sanitárias para diminuir a exposição à covid-19. Contudo, o isolamento social pode aumentar os riscos de fraturas ósseas em idosos, já que estão passando mais tempo sozinhos em casa.
Uma pesquisa publicada pela Universidade de São Paulo (USP) em 2020, revelou que os índices de acidentes domésticos em pessoas da terceira idade subiram de 13% para 30%. Os problemas mais frequentes podem estar associados à queda de altura, tais como escadas, cadeiras e camas, e por uso de ferramentas cortantes, facas e vidros, por exemplo.
De acordo com o Dr. Robinson Toshimitsu Kiyohara, Ortopedista e Traumatologista na Clínica Prime Regen, como os idosos estão confinados, recebendo menos visitas de familiares e até dispensando cuidadores, suas responsabilidades domésticas ampliaram, podem estar realizando atividades físicas sem orientação profissional e diminuindo as consultas médicas.
Para quem tem familiares na terceira idade, diminuir as chances de eles sofrerem com fraturas é uma das maneiras de garantir bem-estar, e a boa notícia é que com algumas adaptações, isso é possível. “É essencial adotar medidas, mesmo que simples, para protegê-los de complicações ortopédicas”, reforça Kiyohara.
“Pequenos ajustes na estrutura da casa já são úteis, como por exemplo deixar os ambientes mais iluminados, colocar corrimãos em toda extensão de escadas, pôr tiras adesivas e antiderrapantes nos degraus, bem como, tapetes antiderrapantes no banheiro. Também deve-se optar por lençóis e acolchoados feitos por materiais não escorregadios, organizar os móveis de maneira que deixe o caminho livre, sem muitos obstáculos”, pontuou Kiyohara.
Outra preocupação do ortopedista é com o hábito de se exercitar, indispensável para melhorar a qualidade de vida, mas que deve ser feito com muito cuidado para os idosos não se lesionarem. “É necessário ter orientação de um profissional para identificar se os exercícios estão sendo feitos corretamente e, sobretudo, prosseguir com as consultas médicas, para acompanhar o quadro de saúde”, finaliza.
Sobre o especialista: Dr. Robinson Toshimitsu Kiyohara é especialista em Ortopedia e Traumatologia e Reconstrução e Alongamento ósseo pela UNIFESP, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e Comitê ASAMI e atua na Clínica Prime Regen. Curta nossas redes sociais: Instagram @clinica_primeregen e Facebook @clinicaprimeregen