Vida e Saúde

Maio roxo alerta sobre cuidados com as doenças inflamatórias intestinais

Enfermidades atingem mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo, com casos crescentes no Brasil

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As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) atingem mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, o número de casos tem aumentado cada vez mais, alertando sobre um risco de crescimento nos próximos anos. É o que aponta a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). Diante disso, o mês de maio foi escolhido para trazer visibilidade a estas enfermidades, já que o diagnóstico tardio ocasiona um alto nível de progressão do problema.

O médico cirurgião do aparelho digestivo, Antenor Couto Neto, destaca que as DII causam diversos sintomas que interferem na qualidade de vida do paciente. As consequências mais graves, de acordo com ele, levam à perda de mobilidade e ao desenvolvimento de deficiências.

As principais formas de manifestação das doenças inflamatórias intestinais no organismo são a Doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. “O principal indício é a diarreia crônica. O paciente deve atentar para ocorrências que não aliviam e persistem por mais de duas semanas, além de analisar se possui muco ou sangue nas fezes”, orienta.

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O especialista ainda salienta que muco e sangue nas fezes são um alerta para câncer no intestino. Por isso, ele indica a busca de ajuda profissional o quanto antes para diagnosticar o problema.

Doenças sistêmicas

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As doenças inflamatórias do intestino são conhecidas também como doenças sistêmicas. Elas podem se manifestar em outros órgãos e partes do corpo. Alguns desses indicativos são: olhos vermelhos, dores oculares e alteração de visão.

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O especialista destaca que as manifestações extraintestinais mais comuns são os sintomas articulares, podendo aparecer de três formas. A primeira, segundo ele, são as inflamações ou dores nas juntas de médio e grande porte (punhos, cotovelos, ombros, tornozelos e joelhos), geralmente não ocorrem em todas as juntas ao mesmo tempo e sim de forma migratória.

O segundo tipo afeta principalmente a parte baixa da coluna (região lombar e sacro). “Normalmente, é sentido pela manhã ao acordar, podendo sentir rigidez e, à medida que se movimenta, a dor vai diminuindo. Essa situação é caracterizada por dor inflamatória relacionada a doença do intestino”, completa Antenor.

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Menos comum e de forma não tão significativa, existem pessoas que sentem dores nas pequenas juntas, (dedos das mãos e pés). Essas dores, alerta o cirurgião, surgem de forma simétrica, ou seja, nos dois lados das mãos ou pés.

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Cuidados

O especialista também pontua que pacientes com doenças inflamatórias intestinais estão mais propensos ao surgimento de cálculo renal (pedra nos rins), relacionado ao metabolismo de algumas absorções do intestino. O médico acrescenta que inflamação nos canais que trazem a bile produzida no fígado para o intestino também pode estar relacionadas às DII.

“Devemos estar sempre atentos aos sintomas destas doenças. É importante repassar ao médico qualquer sintoma anormal que esteja sentindo para que se obtenha o diagnóstico correto e inicie o tratamento o mais breve possível, antes que a doença se agrave no organismo”, finaliza Antenor Couto Neto.

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