Muito além do chocolate- e-commerce é opção para economizar na Páscoa
Vendas online devem registrar alta neste ano, e internautas demonstram interesse por itens alternativos aos ovos, como colombas pascais, enfeites e brinquedos; diretor-executivo da Petina Soluções Digitais comenta tendência
A pandemia da covid-19, em 2020 e 2021, incrementou as vendas pela internet. O isolamento social impediu os consumidores de irem às compras no comércio físico, dando impulso às transações online. Segundo pesquisa recente da Webshoppers, o e-commerce brasileiro cresceu 27% apenas no primeiro semestre de 2021, totalizando R$ 182,7 bilhões em vendas.
Além disso, de acordo com o mesmo estudo, a quantidade de consumidores online aumentou de 79,7 milhões para 87,7 milhões em comparação com o ano anterior – um salto de 8 milhões- refletindo o amadurecimento do universo online de compradores e consolidando o hábito de comprar pela internet entre os brasileiros.
Com a retomada das atividades econômicas e a flexibilização das medidas restritivas, as vendas via e-commerce devem manter-se aquecidas nesta Páscoa – considerando que é uma data comemorativa importante – e as “estrelas” da vez devem ser produtos alternativos ao tradicional ovo de Páscoa e até aos chocolates.
“A internet está fortalecida nesse pós-pandemia, e o número de e-consumidores não para de subir. Mesmo com a fragilidade dos produtos de chocolate, que são perecíveis, as vendas online devem estar bastante aquecidas no período. E vale ressaltar que, em 2022, o grande destaque das vendas não deve ser os ovos de chocolate, e sim outros produtos de Páscoa, que vem chamando cada vez mais a atenção dos compradores- como colomba pascal, enfeites de coelhos, patinhas para brincar com as crianças e outros itens, avalia Rodrigo Garcia, CEO da Petina.
Isso porque há diversos itens de Páscoa que não são frágeis como o chocolate, e que podem ser comprados pela internet com valor mais em conta do que no comércio físico. “A internet costuma oferecer mais variedade, incluindo itens como tiaras de coelho, fantasias, pelúcia, patinhas e cestas para fazer caça aos ovos com as crianças. O cliente consegue achar isso tudo nas lojas físicas, mas dependendo onde for comprar, vai pagar bem mais caro. Além disso, a internet proporciona maior praticidade e comodidade, o comprador acha o que quer com mais facilidade e não precisa sair de casa”, explica o especialista em e-commerce.
Embalagens para os chocolates e itens de decoração em geral também são itens bastante procurados pelos internautas, não somente as “pessoas físicas” como também os pequenos empreendedores que produzem ovos de Páscoa, chocolates em barra e caixas de bombons para comercializar. “É preciso ser criativo e não pensar em presentear apenas com o ovo de chocolate, que acaba tendo um valor abusivo nessa época do ano. Estima-se que, por reflexo de fatores como o reajuste de combustíveis – os ovos de chocolate estarão até 8,5% mais caros. Para o pequeno comerciante, comprar via e-commerce também é vantajoso”, diz Garcia.
Pensando nisso, ele listou 4 vantagens de optar pelas compras de Páscoa online:
Valor mais em conta
A principal vantagem para quem compra online é, sem dúvida, o preço mais em conta, pois além de você conseguir ter contato com vários fornecedores, também é possível comparar preços das lojas e achar o produto ideal para o seu negócio.
“O consumidor em geral não gosta de pagar caro, ainda mais nessa época, em que muitas pessoas ainda estão se recuperando dos gastos extras de início de ano- como IPVA, materiais escolares, e outros. Por isso, qualquer economia é sempre bem-vinda, e o e-commerce oferece esse diferencial”, analisa Garcia.
Comodidade e praticidade
Ir até os locais de comércio popular, como a rua 25 de Março e o Brás, na região central de São Paulo, e em outros pontos conhecidos nas demais capitais brasileiras, em datas comemorativas como a Páscoa, se torna muito desgastante. “Considerando que esses lugares são lotados, e o tempo que o comprador irá levar para encontrar tudo o que precisa, a comodidade de comprar pela Internet não tem preço”, comenta o executivo da Petina.
Além disso, ele ressalta que a pandemia ainda não acabou e, por isso, cuidados ainda são necessários. “Não é recomendável aglomerar, e esse pontos de comércio costumam concentrar um grande número de pessoas. Mais um motivo para recorrer ao e-commerce”, sugere ele.
Diversidade e facilidade na escolha de produtos
Além de proporcionar valores abaixo do varejo físico e comodidade e praticidade na hora de comprar, a variedade dos produtos no comércio online também costuma ser imbatível.
“Há itens para os mais diversos gostos e bolsos, sendo bem mais fácil visualizar o todo e escolher os itens nas plataformas do que nas plataformas do comércio de rua”, acrescenta Garcia.
Segurança na compra
O especialista ressalta que é sempre mais recomendado que as compras sejam feitas através de marketplaces, e não diretamente de sites independentes de venda.
“É sempre preferível que se faça a compra dessa forma, para que o consumidor tenha mais garantia em relação à segurança do seu pedido, pois a bandeira por trás do site de compra, de menor porte, dá garantia àquela transação. Isso é muito valioso caso haja algum problema com atraso na entrega ou necessidade de devolução”, explica o especialista.
Venda de chocolates exige cuidados especiais
Quando o assunto é chocolate, é preciso redobrar a atenção ao realizar o pedido e conhecer a origem do produto. Empresas que oferecem itens de chocolate já se prepararam para conseguir atender a esse público, e uma das propostas é receber o pedido via marketplace e direcionar a demanda para a loja/franquia mais próxima do cliente. “Isso auxilia na redução do prazo e da entrega, além de fortalecer a revenda”, comenta Garcia.
O mercado digital de chocolate, principalmente na época da Páscoa, funciona bem para as empresas que conseguem fazer entregas regionais aos clientes, pois são itens perecíveis, que dependem de uma boa estrutura para serem transportados. “Não é interessante investir nisso e depois não gerar uma boa experiência aos compradores, que podem ter problemas ao receber um produto em mau estado, por exemplo”, alerta o executivo da Petina.
O vendedor deve garantir que o produto será entregue com a mesma qualidade que o consumidor comprou e, portanto, para Garcia, alguns pontos devem ser analisados pelos e-commerces. “O maior desafio é que o produto chegue no mesmo estado que ele saiu, e isso depende de algumas variáveis, como transporte devidamente refrigerado e cuidado no manuseio, devido à fragilidade. Além da logística, é preciso levar em consideração o pós entrega, a armazenagem e o manuseio inadequado na portaria do prédio, que também pode danificar o produto e causar insatisfação e devolução do item”, finaliza o especialista.