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Queixas sobre crédito consignado crescem 80% na pandemia, aponta Sindec; veja como evitar golpes!

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Foram notificadas mais de 70 mil reclamações em 2020 acerca dessa modalidade. O consumidor deve ficar atento e procurar instituições seguras

No ano em que a pandemia de Covid-19 teve início, uma das reclamações que mais chegou ao conhecimento do Procon está relacionada ao crédito consignado. Este foi o 4º assunto com mais queixas em 2020.

O dado é do boletim informativo “Consumidor em números”, do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), que sistematiza e integra a ação dos Procons no Brasil, lançando luz aos diversos problemas vivenciados pelos consumidores.

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De acordo com os dados, foram notificadas ao todo 71.565 reclamações em 2020 acerca do crédito consignado. Em comparação com 2019, quando foi registrado o total de 39.688 queixas, as reclamações envolvendo a modalidade durante a pandemia cresceram 80,32%.

Elevação expressiva em 2020

Ocorre que, em 2020, o relatório só apresenta o quantitativo de queixas relacionadas às categorias “crédito consignado”, “cartão de crédito consignado” e “RMC (para beneficiários do INSS)”.

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Já em 2019, além dessas modalidades, o boletim inclui reclamações associadas a outros dois tópicos: “crédito consignado (empréstimo descontado em folha de pagamento)” e “crédito (para servidores públicos ou trabalhadores do setor privado)”.

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Se forem analisadas apenas as categorias “crédito consignado”, “cartão de crédito consignado” e “RMC (para beneficiários do INSS)” — presentes em ambos os relatórios —, o crescimento de notificações na pandemia salta para 683%.

Isso porque foram computadas 9.133 reclamações em 2019 e 71.565, em 2020.

Além do mais, no ano anterior ao início da crise sanitária, o consignado ficou em 12º lugar no ranking do Sindec.

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Já em 2020, ele ficou na 4º colocação, atrás apenas das queixas sobre cartões, banco de dados e cadastros de consumidores (SPC, Serasa, SCPC etc.), e telefonia móvel pós-paga.

Motivos da alta das queixas contra o consignado

O aumento nas reclamações surpreendeu os Procons. Com as unidades fechadas em razão da pandemia, a expectativa era de queda nas reclamações — em todas as categorias —, o que não aconteceu.

Na prática, a alta no número de questões envolvendo crédito no geral pode estar relacionada à crise sanitária e econômica, situação na qual muitos brasileiros precisam recorrer a alternativas para arcar com suas necessidades.

Soma-se a esse ponto o endividamento das famílias, que registrou recorde nos últimos 11 anos. Duas em cada três famílias fecharam 2020 nessa situação, segundo cálculo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

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Nesse cenário, o consumidor precisa ficar atento para não ser atraído por ofertas pouco vantajosas nem cair em golpes.

No momento de procurar por empréstimo pessoal online e seguro, é fundamental fazer contato com instituições que garantam a segurança dos dados. Isso porque informações compartilhadas sem consentimento prévio podem deixar os clientes expostos a fraudes e golpes.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que, desde de janeiro de 2020, quando entrou em vigor a Autorregulação para o Crédito Consignado, já foram aplicadas 436 sanções devido a reclamações sobre oferta irregular do produto.

Com a aprovação da Lei nº 14.131, que amplia em 5% o limite para a contratação de crédito consignado válida até o fim de 2021, o consumidor precisa redobrar os cuidados.

Como evitar golpes com empréstimos consignados

Embora a facilitação do acesso ao crédito possa ser uma alternativa em meio às dificuldades na pandemia, infelizmente  a novidade atrai a atenção de criminosos que se aproveitam do aumento da procura por consignados.

Os alvos mais visados são os idosos. Devido a uma menor familiaridade com a tecnologia, eles podem cair em golpe de pedido de crédito consignado no computador, tablets e celulares.

A maior parte das fraudes é facilmente identificável. Sites desprotegidos, com má reputação e aqueles que pedem senhas e pagamentos adiantados configuram situações típicas de prejuízos ao cliente.

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Um tipo muito comum de golpe é quando o criminoso obtém os dados pessoais da vítima e realiza o consignado em seu nome. Na sequência, ele saca o dinheiro e deixa as parcelas serem pagas pelo consumidor, que vê o valor indevido descontado de seu salário ou benefício.

Por isso, é fundamental ter atenção e jamais compartilhar informações pessoais com empresas e pessoas que o consumidor não conhece, bem como se atentar ao tratamento aplicado aos dados cedidos às organizações.

Outra modalidade de golpe impulsionada pela pandemia é quando o criminoso pede um fiador. Ele indica uma “pessoa de confiança” e cobra por este serviço, levando o dinheiro do cliente, que fica sem o empréstimo prometido.

Para evitar ações como estas, é preciso compreender como o crédito consignado funciona. Para isso, o consumidor deve se informar com instituições financeiras reconhecidas e jamais aceitar a inclusão de um intermediário na transação.

Quem cai em algum golpe de empréstimo consignado deve procurar o banco, registrar um boletim de ocorrência e levar o caso aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. Se não houver resolução, o próximo passo é buscar a Justiça.

Apesar da disparada nas reclamações sobre o consignado, o segmento de empréstimos conta com instituições confiáveis, reconhecidas no mercado e capazes de fornecer empréstimo de forma segura.

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