Vida e Saúde

Seis meses após início do PNI contra Covid, Brasil bate recorde

Com mais de 2 milhões de doses aplicadas em um único dia, o país amplia a média de primeiras doses e supera na campanha contra a Covid-19 o marco antes obtido com a vacinação do H1N1

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Que a vacinação contra a Covid-19 começou em ritmo lento no Brasil, não é segredo. Após alguns meses com média de cerca de 300 mil vacinas/dia, o país, no entanto, se superou no mês de junho – motivado pela maior oferta de imunizantes disponíveis – e bateu o recorde de vacinas aplicadas em um único dia, com mais de 2 milhões de pessoas atendidas em 24 horas.

“No nosso recorde anterior, em 2010 com a campanha contra H1N1, tínhamos uma média de 800 mil pessoas vacinadas por dia, isso já foi batido. Os índices foram melhorando ao longo dos meses. Saímos da casa de 130 mil em fevereiro, para 680 mil em maio e agora em junho alcançamos uma média de mais de 880 mil que recebem uma dose de imunizante contra a Covid-19 a cada 24 horas”, explica Ricardo Agostinho Canteras, especialista em logística de cadeia fria.

O aumento nos últimos dias, que faz com que a média geral fique 30% maior do que a alcançada no mês anterior, tem a ver, dentre outros fatores, com a unificação da faixa de temperatura de todas as vacinas, que facilitou a operacionalização do PNI.

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“Quando a Pfizer conseguiu a liberação para transporte e armazenamento de 2 a 8ºC, os desafios foram eliminados ou reduzidos. A estrutura logística da Rede do Frio, do PNI, está preparada para suportar a distribuição de vacinas nessa faixa de temperatura. Hoje todas as vacinas estão sendo armazenadas e transportadas nas mesmas condições. Isso traz muitas vantagens”, comenta o executivo, que é também diretor Comercial e de Operações da TEMP LOG, operadora logística especializada nos serviços de armazenamento, fracionamento e transporte para a indústria farmacêutica.

Muito se fala sobre o Programa Nacional de Imunização ser reconhecido mundialmente pela sua eficiência no que se refere às vacinas que anualmente são aplicadas na população. E muito disso se deve à Rede do Frio, um sistema amplo que inclui estrutura técnico-administrativa orientada pelo PNI, por meio de normatização, planejamento, avaliação e financiamento e que visa a manutenção adequada da cadeia de frio.

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Ela é composta por 27 centrais estaduais, 273 regionais, 52 centros de referência e 38 mil salas de imunização. O processo, que parece um bicho de sete cabeças, na verdade tem o objetivo de garantir a qualidade dos imunobiológicos adquiridos e ofertados à população, desde o laboratório produtor até o paciente. Isso inclui as etapas de recebimento, armazenamento, distribuição e transporte. Ou seja: tão importantes quanto as indústrias, são os Operadores Logísticos que precisam assegurar a preservação das características originais das vacinas, para que a eficácia não seja perdida.

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Hoje a principal forma de garantir que a imunização seja feita com agilidade e segurança também nas cidades mais afastadas das capitais é o transporte passivo. São duas as maneiras de controlar o ambiente: ativamente e passivamente. O controle ativo é aquele em que o veículo tem um equipamento que faz a refrigeração automática. Já o controle passivo envolve embalagens formadas por elementos que bloqueiam a troca térmica e outros refrigerantes, como bolsas de gel. Normalmente para entregas maiores (para hospitais, por exemplo) se usa o controle ativo, e no transporte para regiões mais remotas, se usa o passivo.

Desafio agora é a informação

Se os entraves logísticos foram solucionados, o executivo aponta que falta agora apostar em estratégias mais eficazes de compartilhamento de informações. O PNI tem um sistema que é alimentado com todos os dados das pessoas que tomam a vacina. Chamado SI-PNI, ele é obrigatório em todas as salas de imunização e deve computar no mínimo 10 variáveis de cada pessoa. Entram aí o CPF, tipo e lote da vacina, comorbidade, dentre outros. Vai ser o lançamento correto dessas informações que vai permitir que o Brasil rastreie as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose.

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“Não vamos poder ficar aguardando que elas compareçam ao posto de vacinação. Então, fora as campanhas, como o Dia D, o governo, por meio do SI-PNI precisa encontrar a população, preparar uma política de rastreio para detectar as pessoas que tomaram a primeira dose e ainda não tomaram a segunda. É essencial que elas entendam que só ficam imunizadas quando recebem ambas”, finaliza Canteras.

Sobre a Temp Log

Operador logístico especializado nos serviços de armazenamento, fracionamento e transporte para a indústria farmacêutica, a Temp Log  atua com cargas frias e produtos especiais. Com quase 30 anos de mercado, é também referência  nacional na operação logística de  toxinas botulínicas, preenchedores faciais  e bioestimuladores. A excelência no manejo de produtos fracionados de alto valor agregado para a saúde humana faz com que,  mais de 2.300 municípios brasileiros tenham acesso a esses insumos por meio da Temp Log. Com um modelo arrojado de negócio, tem como principal diferencial o prazo rápido de entrega e o investimento em tecnologias avançadas. Saiba mais em: www.templog.net

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