Startup paranaense cresce 93% na pandemia com digitalização do mercado automotivo

Foco da Dealersites é atuar na experiência do consumidor, com estratégias de marketing digital que gerem maior conversão para concessionárias

Um ano após o início da pandemia o mercado brasileiro viu o e-commerce crescer de forma expressiva. Um aumento de 40% na comparação entre fevereiro de 2020 e de 2021, segundo o Relatório Conversion E-commerce no Brasil. É esse cenário que faz a DealerSites comemorar os ótimos resultados, mesmo em um período de economia incerta e pandemia ainda em alta.

A startup que atua na digitalização do mercado automotivo viu a receita crescer 93% no último ano. De 2019 para 2020, o faturamento passou de R$ 1,3 milhão para R$ 3 milhões e a expectativa para 2021 é chegar a R$ 5,8 milhões. “A transformação digital do segmento automotivo, que antes era uma tendência, precisou ser acelerada em meio à pandemia. Hoje, com as pessoas mais propensas a fechar negócios on-line, as concessionárias estão buscando novos meios de vender e comprar – e investir no digital está se tornando uma necessidade”, afirma Cesar Cantarella, CEO da DealerSites.

Criada em 2015, a startup tem atualmente mais de 700 clientes em todo o país, com perspectiva de chegar ao fim de 2021 com 1.200 clientes na carteira. “O ano de 2020 encerrou muitos negócios, mas também deu início ou transformou tantos outros. A forma como as pessoas compram carro nunca mais será igual e estamos bem no meio desse processo de transformação. Foram mais de 167 mil leads gerados no ano passado e mais de 300 mil no primeiro trimestre de 2021”, conta Cantarella. O foco da empresa é atuar na experiência do consumidor, investindo em estratégias de marketing digital para gerar maior conversão para as concessionárias. Para isso, desenvolve plataformas digitais 100% voltadas ao setor automotivo, à performance de vendas e a análises e integração de dados.

Mudança no comportamento do consumidor

Para consolidar de uma vez o e-commerce nesse segmento, o CEO explica que é preciso que a jornada do consumidor on-line seja a melhor possível. Segundo levantamento da KPMG em 2020, as pessoas estão mais abertas a comprar um carro on-line, desde que tenham garantia de satisfação (41%), vantagem de preço (38%) e marca confiável (36%). “Portanto, precisamos conquistar o consumidor 4.0 com uma experiência positiva”, reforça Cantarella.

Uma pesquisa da Deloitte de 2020 mostra que, fora do Brasil, o percentual de pessoas preferindo comprar um veículo on-line já é significativo. A Índia lidera o ranking com 27% de inclinação de compra on-line, seguida por China e Coreia do Sul, com 21% e EUA, com 17%. Aqui no Brasil, 95% dos compradores de carro começam a jornada de compra on-line, com 80% deles utilizando múltiplas plataformas para pesquisa até fechar o negócio.

A mudança no comportamento do consumidor tem feito as concessionárias abrirem o olho para a digitalização. Um estudo realizado em 2019 pela Autotrader aponta que 99% dos entrevistados não estavam satisfeitos com o processo de compra e venda de veículos. Em outro levantamento, que ouviu apenas donos de concessionárias sobre os principais desafios para 2021, 69% responderam que será a transição para um modelo de negócio que também contemple o digital.

Cantarella revela que a jornada de quem procura um carro começa no Google. “Por isso, fazemos um forte trabalho de SEO para manter nossos clientes bem ranqueados nos mecanismos de busca, além de oferecer indicadores de marketing digital – como métricas de analytics – que ajudam nas estratégias e tomadas de decisões”, acrescenta. Outros parâmetros de análise específicos, como dados dos veículos mais visualizados, taxas de conversão, fluxo de negociação e comportamento do consumidor no showroom digital, também são incluídos no pacote para ajudar a atrair novos negócios on-line. “Por tudo que estamos observando na forma do cliente se comportar, o site pode ter sim influência enorme na decisão de compra, por isso a experiência deve ser sempre a mais positiva possível. Os sites precisam ser responsivos e com fácil gerenciamento de conteúdo”, destaca Cantarella.