Short Friday: saiba mais sobre esse benefício
Neste conteúdo você vai saber sobre
Já se foi o tempo em que apenas os funcionários precisavam se esforçar para ter uma boa relação com a sua companhia: com o passar dos anos e o desenvolvimento de novas estratégias de crescimento e relacionamento, as empresas se deram conta de que reter talentos é o segredo do sucesso.
Pessoas que estão há muito tempo na mesma empresa geralmente o fazem não por acomodação, mas porque se sentem valorizadas pelo empregador, motivadas pelos seus gerentes ou alinhadas com os valores praticados no ambiente de trabalho.
É dever das empresas fazer com que isso aconteça, também. O desenvolvimento de uma cultura organizacional forte, espaços seguros para a troca de feedbacks, a prática constante de comunicação não-violenta e a busca por benefícios que dialoguem com as necessidades do colaborador são algumas das formas de reter talentos.
Entre os benefícios corporativos mais desejados dos últimos anos estão, além dos básicos – ou seja, vale-refeição condizente com o local de trabalho ou refeição no escritório, transporte e plano de saúde -, planos de previdência privada corporativos e vale-academia, além de descontos em clínicas e espaços de bem-estar e saúde mental e a possibilidade de fazer home office.
Essas coisas, você certamente já conhece. Você já ouviu falar, no entanto, de um benefício chamado Short Friday? Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre ele. Veja só:
O que é short friday?
A prática, que tem sido adotada por empresas de todo o globo com bons resultados, implica em liberar os funcionários mais cedo na sexta-feira. Há empresas que têm meio expediente, enquanto outras fazem jornadas de seis horas.
A frequência do benefício pode ser variável. Há locais onde o short friday é prática semanal, assim como há espaços que fazem uso da prática uma vez no mês.
As horas de trabalho que não são gastas na sexta-feira podem ser compensadas em outros dias de trabalho, como reuniões excepcionais. Para a empresa, trata-se de uma forma de compensar o trabalhador por seu tempo e de investir em qualidade de vida e produtividade.
Para o trabalhador, as horas a mais de sua sexta-feira podem ser aproveitadas de formas diversas: é possível começar mais cedo o happy hour, é verdade, mas também é possível ir para casa antes do horário e, assim, evitar o trânsito e os meios de transporte lotados.
Para quem trabalha em casa, a short friday também é interessante, uma vez que permite que o colaborador tenha mais tempo para si mesmo e possa investir em projetos pessoais, prática de atividade física ou mesmo tempo de qualidade com os seus familiares e cônjuge.
Funciona mesmo?
Sabemos que parece um pouco atípico, mas sim, o movimento short friday tem chamado a atenção de muitas pessoas – e feito a cabeça dos colaboradores, que gostam da ideia de mergulhar no final de semana um pouco mais cedo.
Um exemplo? Segundo matéria, a liberação de funcionários no início da tarde de sexta-feira tem sido muito interessante para a Aspen Pharma Brasil, indústria farmacêutica: por lá, todo mundo está liberado às 15h.
Para a diretora de RH, Patrícia Franco, os colaboradores têm trabalhado “mais felizes e confiantes”, o que, por sua vez, dialoga diretamente com o aumento da produtividade e do engajamento.
Para garantir que a short friday possa ser cumprida, a Aspen montou um plano estratégico. As tarefas, que devem ser feitas coletivamente, são distribuídas pelos funcionários de segunda a quinta-feira.
Outra empresa que tem colhido frutos é a Bayer, que oferece, além da short friday, a possibilidade de home office, horários flexíveis – outra grande vantagem! -, previdência privada, participação nos lucros, refeitório e vale-refeição, descontos em produtos Bayer, vale-transporte, seguro de vida e assistência médica.
Ficou impressionado? Pois é: é essa cultura de valorização do funcionário que fez com que a Bayer ficasse entre as 45 melhores empresas para começar a carreira em 2018, segundo pesquisa da revista Você S/A.
Além das empresas já citadas, praticam o short friday: Takeda, L’Oréal, Livelo, Syngenta, Henkel e Mondelez.
Todo RH deve se espelhar nesses cases de sucesso para avaliar quais são as medidas e benefícios que, quando implementados, podem colaborar para o estreitamento de laços entre a empresa e o funcionário – o qual, no fim das contas, é o bem mais valioso de qualquer companhia.