Qual o salário de um residente de medicina?

Além de preparar os recém-formados para o mercado de trabalho, a residência médica auxilia na obtenção de melhores salários e novos horizontes na profissão

Após concluir a faculdade de medicina, os profissionais da área encaram, no mínimo, mais dois anos de residência médica, momento fundamental para colocar em prática todos os aprendizados obtidos ao longo da graduação. Trata-se de uma especialização, na qual cada médico escolherá o destino da carreira, podendo ser na pediatria, ortopedia, psiquiatria, dermatologia, cardiologia, entre tantas outras. De um modo geral, a residência médica abre portas e traz mais estímulos para o exercício da profissão.

Como funciona a residência médica?

Ao longo do período de, no mínimo, dois anos referentes à residência médica, os alunos já estão devidamente registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM), ou seja, são bacharéis em Medicina.

No primeiro momento, os formandos podem atuar como clínicos gerais, sem a necessidade da residência médica. Caso optem por esse período além dos seis anos da faculdade, eles se tornarão especialistas em algum segmento da profissão, como demonstramos acima.

Dessa maneira, a residência médica pode ser entendida como um treinamento com foco no mercado de trabalho, sendo intensivo. A duração pode ser de até cinco anos, pois cada ramo da medicina possui um tempo específico.

Rotina “puxada”

No dia a dia da residência médica, a rotina é bem intensa, necessitando, inclusive, de aprovação em um processo seletivo. Após essa etapa, o médico tem pela frente plantões bem longos em cargas horárias que podem chegar até 60 horas semanais em hospitais ou clínicas.

Além de formar especialistas, a residência médica tem como objetivo ser um momento de aprendizado prático, fazendo com que o médico aplique todos os conhecimentos adquiridos na faculdade.

Por isso, existem várias responsabilidades, que vão desde o atendimento emergencial até o acompanhamento dos internados.

Quanto ganha um médico residente?

Primeiramente, é importante informar que os médicos residentes recebem uma bolsa-auxílio no valor de R$ 4.106, concedida pelo Ministério da Educação (MEC), valor que se mantém em todas as especialidades.

No entanto, como a renda é baixa em relação aos profissionais da área, os residentes podem complementá-la por meio dos plantões. A média fica em torno de R$ 1.000 por plantão, valor pago por hospitais ou clínicas, mas esse valor pode variar de região para região do país.

Além disso, o valor da bolsa-auxílio também é praticado em hospitais-escolas ou privados, sendo um padrão nacional.

Quanto ganha um médico recém-formado?

Quem não faz residência médica pode atuar como clínico geral em hospitais ou clínicas, desde que esteja devidamente registrado no CRM. Outros locais de trabalho são as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Saúde da Família (USFs) etc.

Nesses locais, geralmente o salário médio de um recém-formado gira em torno de R$ 7.500 para uma carga horária de 21 horas a 44 horas semanais, mas os valores também se alteram de acordo com cada região do Brasil, podendo superar os R$ 12 mil.

Agora, os médicos que se especializam abrem inúmeras oportunidades na carreira, podendo atuar tanto em hospitais quanto em clínicas particulares. Nesses casos, os ganhos são superiores e, após alguns anos de experiência, ultrapassam a casa dos R$ 30 mil, principalmente para especialistas que fazem cirurgias.

Portanto, a residência médica é importantíssima para profissionais que almejam voos mais audaciosos na área.

Para isso, nada melhor do que uma preparação adequada e alicerçada em estudos aprofundados, sempre de olho nas melhores opções. Afinal, cada hospital ou instituição conta com processos diferenciados, com níveis de exigência variados. Portanto, quanto maior o esforço, melhores serão as recompensas.