Cultura

Qual é a diferença entre culinária e gastronomia?

Neste conteúdo você vai saber sobre

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Os termos podem parecer sinônimos, mas não são; confira o que diferencia um do outro.

Comida é essencial para nossa sobrevivência e saúde, mas também é um dos grandes prazeres da vida para muitas pessoas — influenciando diferentes culturas, tradições e consolidando seu espaço na história da humanidade.

Seja se deliciando com comidas novas ou estudando a arte de prepará-las, todos nós entramos em contato com culinária e gastronomia em algum momento. Mas não se engane: apesar de relacionados, esses dois conceitos não são equivalentes. 

Culinária

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A culinária se refere ao ato de cozinhar; por isso, um curso de culinária ensina aos alunos técnicas e habilidades para criar pratos e receitas deliciosos.

Essas comidas e os modos de prepará-las são muito variados, porque a culinária também envolve o reconhecimento de vários aspectos culturais e regionais que influenciam o modo de se alimentar de distintas comunidades.

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“A Culinária me remete a algo mais afetivo, comidas típicas e regionais que são carregadas de histórias”, explica Christine Imasato, formada em Gastronomia pela Hotec.

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“É o tal do ‘saber cozinhar’; transformando ingredientes simples em uma refeição completa que representa alguma cultura ou hábito.”

Assim, a culinária típica de um lugar muitas vezes depende dos costumes, das tradições e, inclusive, da geografia da sociedade na qual surge.

Por exemplo, diferentes tipos de solo bem como o clima local podem determinar como uma comunidade desenvolve sua própria culinária de acordo com o que tem disponível. 

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Mas isso não quer dizer que pratos típicos de outras regiões não podem ser feitos e aproveitados em outros lugares! Muito pelo contrário.

Hoje em dia, com a tecnologia, conectividade e globalização, cada vez mais temos oportunidades de ter experiências globais — não apenas consumindo, mas aprendendo.

Também formado em Gastronomia pela Hotec, Lucas Oliveira reflete sobre o caráter cultural e pessoal da culinária, que pode inclusive ser passada de geração em geração:

“o culinarista geralmente é menos técnico e mais baseado em conhecimento empírico, muitas vezes aprendendo a cozinhar com os pais ou avós, portanto mais focado em soluções mais ‘simples’ e do dia a dia, no tempo disponível para cozinhar, ainda que não sejam teoricamente ‘corretas’”.

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Gastronomia

Já a palavra “gastronomia” significa estômago (gastro) e lei (nomo). Desse modo, trata-se quase de uma ciência, seguindo normas gastronômicas para tirar o maior proveito dos alimentos e procurando ser o mais técnica possível.

A gastronomia se preocupa com a experiência de comer como um todo: não só em dominar e avaliar os ingredientes e as técnicas de preparo, mas também lidar com gestão e administração do restaurante.

Segundo Christine, a gastronomia é uma experiência mais ampla do que a culinária.

“A gastronomia vai além de saber ou gostar de cozinhar, ela busca a excelência na representação de alguma cultura e envolve diversos aspectos da experiência por trás daquele prato, como apresentação, ambiente, parte nutricional, e assim por diante”, explica.

Estudar gastronomia envolve vários outros conhecimentos: além da própria culinária, nutrição, química dos alimentos, história da comida e segurança alimentar, também exige o aprendizado de gestão de restaurantes e bufês, montagem de cardápios e marketing, por exemplo. 

Assim, profissionais da gastronomia podem trabalhar não só como chefes de cozinha e cozinheiros, mas também como profissionais de segurança alimentar (realizando vistorias em prol da saúde em cozinhas e restaurantes), consultor alimentar (fornecendo assistência de modo a melhorar indústrias e serviços de alimentos), gestor alimentar (na administração de estabelecimentos) e até baristas e sommelier. 

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Uma combinação deliciosa

“Os dois conceitos, além de serem baseados em comida, se entrelaçaram com o tempo e o contato”, reflete Lucas.

“Muitas técnicas caseiras foram levadas para cozinhas profissionais (principalmente com a alta do movimento de comfort food) para trazer os sabores de casa para os restaurantes, e muitas técnicas profissionais são utilizadas dentro de casa ainda que de modo mais rústico, como por exemplo no preparo de molhos ou nos cortes utilizados nos preparos”. 

Christine ainda afirma que “todos que apreciam a cozinha podem praticar a culinária ou a gastronomia. O que diferencia uma da outra é apenas o entendimento sobre os alimentos, além do modo de preparo”, diz. 

Percebe-se, então, que apesar da distinção dos termos, a culinária e a gastronomia se juntam para formar uma das facetas mais antigas e instintivas da humanidade, criando laços e relacionamentos por meio da comida — seja em restaurantes profissionais, seja na casa de cada um de nós. 

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