Conheça o indicador IGP-M para entender mais sobre a inflação no Brasil
Neste conteúdo você vai saber sobre
O Índice Geral de Preços do Mercado calcula o aumento de preços e é amplamente utilizado em contratos de locação. Entenda mais sobre esse indicador e saiba como ele influencia seu poder de compra
O Índice Geral de Preços do Mercado é bem conhecido por quem tem contrato de locação. Ele também é amplamente utilizado em cálculos de taxa de financiamento de contratos. Mas você sabe o que é o IGP-M? Como ele é calculado? E como ele se relaciona com o poder de compra do consumidor e com a inflação?
O IGP-M é um indicador da variação de preços da economia brasileira. O objetivo do índice é monitorar as mudanças no valor da nossa moeda, bem como na variação de preços, desde matéria-prima até produtos e serviços.
O que é o IGP-M?
O IGP-M, como o nome sugere, é um índice geral de preços, calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). São divulgadas projeções a cada 10 dias e cálculos mensais.
O indicador usado para medir o aumento dos preços (inflação) é calculado a partir da média ponderada de outros três índices: IPA, IPC e INCC. Falaremos melhor sobre o cálculo e a utilização dos índices de referência mais adiante.
Antes é importante entender que a variação do IGP-M reflete o aumento de produtos e serviços. O índice é uma referência macroeconômica ampla, o que significa que é utilizado em diversos meios: na indústria, para o balanceamento de preços e até por investidores, na análise da economia nacional.
Como o IGP-M é calculado?
Como mencionamos, o cálculo do IGP-M leva em consideração a média ponderada de três outros índices: o IPA, IPC e o INCC. Entenda o que são e qual a proporção considerada de cada um deles:
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M): monitora as variações do varejo e representa a maior parte do IGP-M, correspondendo a 60% do valor;
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M): monitora os preços de setores que impactam diretamente no poder de compra do consumidor, como alimentação e saúde; correspondendo a 30% do valor do IGP-M;
- Índice Nacional de Custo de Construção (INCC-M): monitora os preços atrelados ao setor de construção civil, incluindo materiais e mão de obra; corresponde a 10% do valor do IGP-M.
Assim, o índice final do IGP-M é formado pela proporção de 60% de IPA, 30% de IPC e 10% de INCC.
Como o IGP-M impacta o poder de compra do consumidor?
O IGP-M é usado como índice referencial para reajuste de preços de aluguéis, valor da energia elétrica e reajustes de outros serviços essenciais para a população. No caso específico do aluguel, o impacto pode variar de um estado para o outro, já que também deve ser considerado o valor do metro quadrado.
Desta forma, onde o metro quadrado tem um valor mais alto, o aumento do IGP-M vai ter um reajuste maior do que nas regiões em que o metro quadrado custa menos.
Até outubro de 2021, o IGP-M já havia acumulado inflação de 21,73% em doze meses. Vale destacar que o índice oficial de inflação do país é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), entretanto, o IGP-M é amplamente utilizado como parâmetro em diversos negócios.
Quais as diferenças entre IPCA e IGP-M?
A diferença entre o IPCA e o IGP-M é a metodologia utilizada em cada índice. O IPCA tem como objetivo refletir os hábitos de consumo de pessoas que vivem em 16 cidades do Brasil. Para isso, leva em consideração nove categorias de produtos e serviços.
O seu resultado indica se a média de preços aumentou, diminuiu ou ficou estável em relação ao mês anterior.
O IGP-M, por sua vez, é composto por uma média de outros três índices e leva em consideração, principalmente, a variação de preços de bens de produção, como, por exemplo, commodities, matérias-primas e materiais de construção.
As variações nos preços de produtos e serviços estão atrelados a uma série de fatores. Conhecendo índices como o IGP-M e o IPCA você pode ter uma ideia de custos e perspectivas de aumento de produtos, correção do aluguel e até mesmo a conta da sua conta de energia elétrica.