9 tendências que vão agitar o mercado de bebidas alcoólicas brasileiro em 2023
Neste conteúdo você vai saber sobre
Cervejas exóticas, bebidas saudáveis e até clubes de assinatura. Saiba o que movimentará o mercado etílico em 2023!
Depois de ter uma queda durante os dias mais severos da pandemia de Covid-19, o setor etílico está em alta novamente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado de bebidas alcoólicas apresentou alta de 5,2% – é o que mais cresceu no último ano.
Para 2023, a expectativa é que o consumo de álcool continue em alta no país. A seguir, você saberá as principais tendências deste mercado para o próximo ano:
1. O ano das bebidas ready-to-drink
Quer beber Jack and Coke, Caipirinha ou outro drink e não possui as habilidades de um barman? As bebidas ready-to-drink (RTD) resolvem este problema, sendo comercializadas prontas e em lata – e caíram no gosto do brasileiro pela praticidade.
Segundo estudo da InsightAce Analytic, este tipo de bebida movimentou US$ 32,9 bilhões no mundo. No Brasil, um relatório da Nielsen Scantrack aponta um crescimento de 60% de seu consumo.
2. A alta das cervejas fitness
O Brasil é o terceiro maior consumidor de chopp e cerveja do mundo – dados de pesquisa da CupomValido.com.br em parceria com a Numbeo e a Statista. No entanto, alguns adeptos da academia possuem receios em consumir a bebida por causa de seu teor calórico.
Como o Brasil é o sétimo país com maior oferta de alimentação saudável, como aponta pesquisa da Euromonitor International, o mercado cervejeiro não deixaria estes clientes na mão. Cada vez mais rótulos low carb e até sem álcool são disponibilizados no mercado, com a cerveja fitness sendo uma solução atrativa pra tomar uma gelada sem comprometer o resultado dos treinos
3. Cerveja é coisa de mulher sim!
Mulher e cerveja têm tudo a ver. Segundo pesquisa da Consumer Insights apontou que o aumento de 27% no consumo de cerveja se deve principalmente graças às mulheres com idades entre 40 e 49 anos de idade – seja com amigos, em happy hours ou festas.
Ou seja: qualquer ação de marketing e vendas de cerveja deve ser feita visando também este público, cada vez mais adepto da bebida – e não só os homens, para os quais as estratégias eram centralizadas.
4. A era das cervejas exóticas e diferentes
Cerveja de wasabi, tomate, pimenta e até bacon! Estes são só alguns aromas e sabores diferenciados que estão surgindo no mercado, geralmente de cervejarias artesanais. Como o setor é competitivo, os produtores cada vez mais precisam inovar para conquistar o gosto do brasileiro. Para isso, o uso de novas tecnologias e até microrganismos como bactérias e leveduras diferentes no processo produtivo é a tendência.
5. Whisky? Só se for de luxo!
Entrando no mundo dos destilados, o whisky de luxo será cada vez mais visado em 2023. Nos últimos anos, o single malt teve um aumento de procura de 582% nos últimos anos – dados do relatório The Wealth Report, da Knight Frank.
Isso inclui o Brasil. Trata-se do quarto maior mercado da bebida no mundo, com crescimento de 215,29% no último ano. Com rótulos que custam a partir de US$ 6,8 mil, o brasileiro que deseja investir na experiência etílica é repleto de opções.
6. Aditivos químicos? Não no meu vinho!
Hoje em dia, a preocupação com o uso de aditivos químicos nos alimentos e bebidas é cada vez maior. E isso se aplica aos vinhos, cujo mercado passou a oferecer mais opções naturais – e que, segundo enólogos, é uma maneira de valorizar o sabor da bebida.
Apesar de tais aditivos terem sido introduzidos na produção enóloga na década de 1970, o Brasil demorou para implementá-la. Esta tendência é uma volta às origens, oferecendo qualidade e saúde para o consumidor – e cada vez mais vinícolas estão aderindo a ela.
7. Não é só na garrafa: o vinho em lata chegou para ficar
Apesar do vinho tradicionalmente ser comercializado em garrafas, uma disrupção veio para mudar este paradigma: o vinho em lata. E, se depender do público, ela continuará cada vez mais forte!
Idealizado nos Estados Unidos pela Lovin, o objetivo é simplificar o consumo de vinho e oferecer maior comodidade – afinal, basta abrir a lata e beber. Segundo pesquisa realizada pela Ball e pela Nielsen, 48% dos consumidores da bebida aprovam a maior facilidade oferecida, enquanto 43% aprovam a nova maneira de consumir a bebida.
8. Não é só com tônica: o gin continuará em alta
Criado na década de 80 e conhecido por sua sofisticação, o gin passou duas décadas no ostracismo. No entanto, os últimos anos o alçaram ao posto de uma das bebidas favoritas do público brasileiro. Segundo a Nielsen, foi o bem etílico com maior crescimento nos últimos anos – de 114,8%.
Refrescante e com baixo teor alcoólico e calórico, o gin é versátil e combina com uma vasta gama de ingredientes. Isso permite a criação de diversos drinks além da famosa gin tônica, dry martini e negroni – populares em festas, baladas e até em casa.
9. A solidificação dos clubes de assinatura de bebidas
O mercado de clubes de assinatura se solidificou de vez. Com mais de 4 mil opções no mercado e faturamento de R$ 1 bilhão, este segmento tem sucesso principalmente com as bebidas alcoólicas. Segundo a Synapcom, as vendas de bebidas na internet apresentaram crescimento de 960%. Ou seja: é um modelo altamente rentável.
Neste modelo de negócios, o cliente paga a mensalidade e recebe uma curadoria de bebidas diretamente em casa. Sejam vinhos, cervejas, gin e até utensílios para serem utilizados com o consumo, esta os clubes de assinatura de bebidas alcoólicas chegaram para ficar.
Estas nove tendências ditarão como será o consumo de bebidas alcoólicas no Brasil no próximo ano. Seja em casa, bares ou confraternizações, o mercado etílico continuará sua ascensão pós-pandemia e trará muitas novidades para o público.