Dicas para abrir sua startup
Neste conteúdo você vai saber sobre
Há quanto tempo você sonha em abrir sua startup? Muitas pessoas têm esse objetivo já faz muito tempo, principalmente porque o empreendedorismo está na veia dos brasileiros e há por aqui um ecossistema de muita efervescência e grandes oportunidades.
E já para você entrar no clima do que significa criar do zero sua empresa, você precisa de uma boa ideia e, não apenas isso, precisa de muita resiliência, determinação e comprometimento.
Afinal, segundo uma pesquisa icônica da consultoria global PWC, nove em cada dez startups, não importa se estão nas áreas de confecção de uniformes ou qualquer outra coisa, acabam desaparecendo por diversos motivos.
Veja o ranking de causas de morte das startups brasileiras, de acordo com o estudo:
- Produto ou solução não atendem a uma necessidade real do mercado;
- Pouco capital ou falta de planejamento na hora de usar recursos;
- Equipe pouco diversa ou falta de funcionários com funções complementares;
- Modelo de negócio deixa de ser competitivo;
- Erro na precificação do item ou no cálculo do custo de produção;
- Baixa aceitação do produto por parte do consumidor;
- Ausência de plano de negócio para inserir o produto no mercado;
- Pouco investimento em estratégias de marketing;
- Reclamações e sugestões de consumidores não são levadas em conta;
- Falta de timing na hora de lançar o produto.
É de perder o fôlego, não é? Realmente é difícil se estabelecer no mercado. Muitos empreendedores buscam o perfeccionismo e é aí que mora o perigo: estresse, desavenças com sócios, preciosismo para produzir, enfim, isso tudo gera uma bola de neve.
Os donos de startups precisam saber que eles vão errar, e muito. Apesar de parecer contraditório, saber disso coloca a startup no chão junto com a realidade do dia a dia e do que as pessoas realmente precisam.
Dá um senso de priorização, algo que para uma startup, principalmente de montagem de quadros elétricos, é importante, pois, geralmente, atua em nichos de mercado muito específicos.
Lembre-se: a primeira ideia ou protótipo de produto que você lançar provavelmente poucas pessoas darão bola. E se deixar abater por isso, é a pior coisa que pode existir e é, por esse motivo, também, que muitas startups morrem.
Caso você não lide bem com fracassos temporários, esqueça a vida de startup e ache outros caminhos possíveis do empreendedorismo, quem sabe até vender ideias e ganhar royalties por isso.
Porém, é preciso acreditar e ter perseverança para abrir uma startup de, por exemplo, serviço de instalação elétrica e fazer ela sobreviver no mercado para depois ter sucesso.
Dicas para abrir sua startup
Se você quer seguir com a ideia e confia no potencial que ela tem, então podemos te ajudar. A partir de agora, você verá como fazer a abertura da sua startup sem cometer erros que impactarão o seu negócio. Continue a leitura!
1 – Qual é o problema que você quer resolver?
O primeiro passo é descobrir qual é o problema que sua ideia e tese de negócio se propõe a resolver, ou pelo menos ajudar, e quem serão os grandes beneficiados disso.
Você pode começar pensando no problema da seguinte forma: qual é o resultado esperado para que eu resolva esse problema? Qual é a causa?
Com essas perguntas, você sabe as duas coisas mais importantes para você abrir sua startup, não importa se é uma empresa terceirizada de limpeza ou não: o seu mercado e o seu público-alvo.
Você precisa definir um público específico, até porque é impossível resolver os problemas de todo mundo. Então, uma boa dica é começar muito pequeno e restrito para um público nichado.
Veja se dá certo e vá evoluindo e expandindo conforme as necessidades e possibilidades vão aparecendo. Caso dê errado, troque a ideia de começar uma empresa de caçamba e vá por outro caminho, e tente incessantemente até ter um resultado satisfatório.
No início, geralmente, só existe uma métrica que conta para saber se está certo ou não: receita. A sua ideia inicial gerou alguma receita em seus testes? Se sim ou se não, você deve ter esse foco de trazer dinheiro para mostrar que o seu negócio pode ser lucrativo.
O fato de os seus clientes estarem dispostos a pagar pelo seu produto ou serviço é o que comprova, inicialmente, que a sua ideia pode realmente dar certo.
2 – Entenda a demanda do mercado
Depois de ter o seu mercado e público-alvo definidos, é hora de focar no primeiro para entender a demanda do que o seu público quer. Dessa forma, você conseguirá organizar melhor sua ideia e saber por onde começar e onde sua startup consegue se diferenciar.
“Ah, mas se tem concorrência e já tem empresas nesse mesmo nicho, então devo pensar em outra coisa”. Na verdade, não. Esse pensamento é muito comum.
Apesar de algo bom querer encontrar um mercado único, como uma empresa de impermeabilização, muitas vezes a sua ideia já estará até implementada por outra pessoa, mas a forma com que você lidará com isso já pode ser um diferencial.
E o fato de já ter concorrentes demonstra para os investidores, que poderão injetar dinheiro na sua startup, que há demanda. Só isso, já é um ótimo sinal de que você está no caminho certo para abrir sua startup de, por exemplo, gravação em aço.
Quando um mercado é totalmente desconhecido e pouco desbravado, você ficará no escuro. Isso pode ser muito bom, pois você encontrou uma mina de ouro que só você sabe, ou pode ser muito ruim porque essa demanda é apenas temporária.
3 – Converse com seu público
Entendeu o seu mercado e viu que há um caminho para se trilhar? Então é hora de conversar com as pessoas, mostrar sua ideia de instalação de piso vinílico, por exemplo, e entender se, a priori, sua hipótese se confirma.
Busque pessoas que você acredita que tenham o perfil ideal do seu futuro cliente. Veja no seu círculo de amigos e parentes próximos se algum deles tem essas dores que você quer resolver através da sua startup. Se sim, apresenta a ideia a eles.
Peça feedbacks honestos, de repente um formulário com um grupo anônimo de pessoas pode ser uma boa solução para as pessoas se sentirem à vontade para falar sobre sua ideia.
Se forem desconhecidos, ofereça algo em troca que esteja relacionado ao seu negócio. Talvez um conteúdo extra, um e-book, um livro mesmo, algum mimo, etc.
E, mais uma vez, os comentários negativos servem para sua startup se moldar e se adaptar ao que as pessoas querem. Não adianta ignorar o seu público, pois é ele que fará com que seu negócio cresça.
Busque entender verdadeiramente as impressões das pessoas quando viram, receberam e usaram seu produto. Sua proposta de valor ficou clara? As perguntas das pessoas são cruciais para você ajustar os detalhes. Tente interpretar os sinais.
E o mais importante: provavelmente no seu primeiro protótipo você não incluiu tudo o que as pessoas realmente queriam. Os feedbacks são um ponto chave para entender, na prática, o que as pessoas sentem de dores e como você pode evoluir para ajudá-las.
Consequentemente, sua startup será beneficiada com esses dados preciosos. Não pule essa etapa porque sem ela você não poderá lançar o produto ajustado de forma mais ampla. Você precisa primeiro de uma validação mínima.
4 – Faça seu lançamento de fato
A partir da validação mínima feita com pessoas próximas ou mesmo com desconhecidos, você já pode lançar o seu MVP, que é o seu produto mínimo viável, um protótipo mais pronto em relação aos anteriores, mas que ainda não é o ideal.
Sim, falta investimento, tempo, pessoas para ajudar no dia a dia, mas se você conseguir lançar um MVP, chamará a atenção dos investidores e poderá mostrar a eles como sua ideia se transformou nisso.
Para lançar, faça uma Landing Page, uma página de destino para as pessoas se inscreverem, conhecerem o produto. A página não precisa ser sofisticada, mas precisa ter minimamente as informações do produto, da sua empresa e as etapas de compra.
Se você está prestes a lançar, uma coisa possível é, assim que a pessoa interessada for realizar a compra, avisar que o produto ainda está em fase de testes e que ela será uma das primeiras a usar, isso pode gerar, inclusive, um gatilho de exclusividade.
Se possível, reforce também que o cliente pode construir o produto junto com os desenvolvedores para chegar à melhor experiência.
Considerações finais
Realmente, abrir uma startup e, sobretudo, mantê-la não é nada fácil, mas esperamos que com essas dicas os empreendedores consigam entender o que é preciso. Lembre-se, desistir no início não é uma opção, seja persistente e ouça os seus consumidores.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.