Vacinas contra a Covid-19 e o impacto no trânsito internacional de profissionais
Há mais de um ano, a pandemia de Covid-19 abala diversos países, e a vacina é a esperança do controle da doença e da retomada do que conhecemos como “vida normal”. Diferentes imunizantes já estão à disposição, mas o Brasil, historicamente reconhecido pelo melhor programa de vacinação do mundo, desta vez, caminha a passos lentos. Em quase seis meses de campanha, pouco mais de 30% da população recebeu a primeira dose.
Dentro desse contexto, ainda temos os chamados ‘sommelier de vacina’, pessoas que estão tentando escolher o fabricante, embasadas em fake news sobre eficácia e possíveis efeitos colaterais, por exemplo, embora
todos os imunizantes sejam seguros e aprovados pela Anvisa. Outro motivo que tem pesado para essa busca é a possibilidade de viajar para o exterior. Muitos países estão reabrindo suas fronteiras mediante apresentação de certificado de vacinação. No entanto, para alguns, não vale qualquer fabricante.
Olhando para o futuro a curto prazo, o tipo de vacina pode, sim, ser um obstáculo para profissionais que precisarem sair do País. Porém, sob uma ótica mais otimista e usando a variável tempo, há uma expectativa de que a imunização contra a Covid-19 será anual. Outro ponto a favor é a abertura e as possibilidades do ambiente virtual, que, inclusive, ganhou maior adesão no último ano devido à pandemia e às restrições que ela impôs e, hoje, permite trabalho e reuniões on-line, de qualquer lugar do mundo.
Embora a questão do imunizante possa, de forma velada, ser um fator discriminatório – ou capaz de tirar alguém de uma vaga efetiva -, não deve atrapalhar a empregabilidade, de modo geral. Um executivo, porém, que já possui trânsito internacional, acaba ficando vendido neste contexto, pois não há ação própria que possa sanar o problema, já que não tem autonomia para escolher a fabricante. Para aquele que está pensando em uma carreira fora do País, dependerá das empresas de recrutamento, pois o headhunter vai buscar preencher a vaga de acordo com os requisitos colocados pela contratante. Dessa forma, determinada vacina poderá se tornar uma exigência, assim como a fluência em um idioma específico, como inglês ou espanhol, por exemplo. Então, racionalizando, essa condição tem, sim, chance de existir e, assim, ser tratada em um processo de seleção.
(*) Tadeu Ferreira é fundador da Aprimorha e atua com relacionamentos estratégicos em busca de oportunidades aos clientes da empresa, além de mentor de empresários e profissionais que buscam uma mudança de carreira tradicional. Com mais de 15 anos de experiência, é um profissional com sólida experiência em orientação, recolocação e mentoria (coaching de carreira).
Sobre a Aprimorha
Fundada em 2014, em Campinas (SP), a Aprimorha é uma empresa de consultoria de carreira e orientação profissional que atua com um método próprio e inovador para gerar resultados reais. Seu time é altamente qualificado e alinhado às oportunidades do mercado atual, prestando um atendimento personalizado, de acordo com o perfil e objetivo – orientação profissional, recolocação, ascensão ou transição de carreira – do assessorado. A Aprimorha utiliza estratégias integradas, baseadas no entendimento técnico da função, para direcionar o profissional aos RHs e headhunters de forma mais assertiva. Além de Campinas, a empresa possui consultores em São José dos Campos (SP) e Belo Horizonte (MG). Em sete anos, já assessorou mais de quatro mil profissionais e efetivou recolocações em 18 estados brasileiros e oito países.